500 anos da Viagem de Circum-Navegação
O IMPACTO DA CIRCUM-NAVEGAÇÃO NA ATUALIDADE
UMA HOMENAGEM DIFERENTE À VIAGEM HISTÓRICA DE
CIRCUM-NAVEGAÇÃO
A fim de comemorar os 500 anos da Primeira Viagem de Circum-
Navegação de Fernão de Magalhães, o navio-escola Sagres prepara-se
para uma viagem de 371 dias que será uma reedição da famosa
viagem de Circum -Navegação. ( com início previsto para 5 de
Janeiro de 2020 e conclusão em 10 de Janeiro de 2021).
Este veleiro da Marinha passará em 23 portos, 20 países e
navegou 41 mil milhas, mantendo a tradição desta embaixada
portuguesa itinerante, mostrando Portugal ao mundo.
O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos destacou a presença
do navio em cidades da rede Mundial de Cidades Magalhânicas e
em cidades da Diáspora portuguesa durante a viagem.
“Esta viagem à volta do Mundo tem um importante carácter formativo nos novos cadetes e vai desenvolver a bordo importantes
projetos científicos, que demonstram a vitalidade e importância
crescente da ciência marítima”.
Durante a viagem, o navio-escola Sagres vai também participar
nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães, em
Punta Arenas (Chile), efetuar uma navegação conjunta com o
navio Juan Sebastian Elcano e ser a casa de Portugal em Tóquio
nos Jogos Olímpicos de 2020.
"PORTUGAL ESTARÁ SEMPRE LIGADO AOS MARES, FRUTO DO GLORIOSO PASSADO E À DESCOBERTA DE NOVOS MUNDOS. O NAVIO ESCOLA SAGRES É UM SÍMBOLO DESSE SONHO PORTUGUÊS."
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A VIAGEM DE CIRCUM-NAVEGAÇÃO E O SEU IMPACTO NA GLOBALIZAÇÃO
A viagem de circum-navegação iniciada em 1519 ao serviço de
Espanha por Fernão de Magalhães e concluída por Sebastián
Elcano em 1522, tornou-se num enorme símbolo da globalização.
Esta viagem foi considerada um grande símbolo da globalização
pois foi a primeira viagem que passou por todos os oceanos e
continentes, excetuando Austrália que só mais tarde foi
descoberta.
A aventura de Fernão de Magalhães (1480-1521) tinha
começado muito antes. Desde 1505 que começou a viajar
em direção ao oriente e chegou a Banda, sul da Indonésia e perto
de Timor, uma região onde os portugueses são pioneiros.
Na sua segunda viagem, ao serviço do imperador Carlos V, optou
pela rota ocidental, atravessando o sul do continente americano
e o desde então designado Estreito de Magalhães.
Na prática descobriu com os portugueses essa parte longínqua
do mundo, desde Malaca até às Molucas, e depois descobriu as
Filipinas, por cima das Molucas.
“Conseguiu dar essa volta, e a partir daí as pessoas tiveram a
noção de como era o globo na realidade. Anteriormente existia
apenas em cálculos teóricos e não na prática. Graças a Fernão de
Magalhães, e pela prática, soube-se como era o mundo",
acrescenta o investigador José Garcia.
OS EFEITOS DO COVID-19: O REGRESSO PREMATURO DE NAVIO-ESCOLA SAGRES
O Ministério da Defesa anunciou que, “face à situação de pandemia da Covid-19”, tomou a decisão de mandar regressar o Navio-Escola Sagres a Lisboa.
“Por haver restrições de desembarque em muitos portos e cidades, e por ser desaconselhável a realização de visitas ao navio, o Ministério da Defesa Nacional entendeu que não estavam reunidas as condições para prosseguir esta missão”, explicou o Ministério em comunicado enviado às redações.
O Navio-Escola estava neste momento a caminho da Cidade do Cabo (África do Sul), no âmbito da sua missão de celebrar os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação, levada a cabo por Fernão de Magalhães.
O ministro da Defesa, João Cravinho, declarou entretanto que a decisão foi tomada “com muita tristeza, mas com a consciência de ser inevitável”, porque “já não era possível garantir a saúde dos nossos marinheiros”. Ao todo, seguem a bordos 142 membros da guarnição que, de acordo com a tutela, “se encontram bem de saúde”.